A história passa-se na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, aquando a chegada e permanência de uma nave alienígena. Os Humanos, receosos e curiosos como são, entram na nave e "resgatam", para um campo de refugiados, milhares de Prawns. Passam-se 20 anos e cada vez mais os "gafanhotos" são mal vistos, mal posicionados, mal-tratados e mal compreendidos.
A MNU é a responsável pela relação entre os humanos e os "gafanhotos", mas mantém-se nessa fachada para investigar a tecnologia das suas armas, fortalecendo a sua posição no mercado do armamento, assim como a anatomia/DNA dos "gafanhotos". Wikus van der Merwe, é a personagem central da história, genro do gestor da MNU, e que parte para o Districto 9 como o intuito de iniciar a re-colocação dos alienígenas. Porém, entra em contacto com uma substância desconhecida, fabricada pelo "gafanhoto" Christopher, e isso altera a sua vida. Perseguido pelo MNU, pelos bandos marginais, Wikus apenas poderá refugiar-se no Districto 9... e ai entra em contacto com Christopher. Com este cria uma relação de confiança e assim se desenvolverá ao longo do filme.
Para quem não repare muito nas entre-linhas, este pode até ser um filme desinteressante. Mas, sendo apoiado pelo Peter Jackson, pode oferecer algum entertenimento.
A história é apresentada em diálogos e monólogos, reforçando as características positivas e negativas do comportamento inter e intra-humano. A personagem principal sofre uma grande transformação interior, acompanhada pela exterior. Nele, vemos os comportamentos discriminatórios, a revolta face ao desconhecido, mas a simpatia e a coragem no imprevisto.
O filme é, por isso, muito surpreendente, e apesar de não ser destacado, é nas mãos de uma criança onde está o mundo.
Os efeitos especiais são simples, mas muito satisfatórios. A apresentação e exibição alienígena é bastante credível, sendo a voz um deleite sonoro inovador.
Com os meios, financeiros, foi criado um óptimo filme, que, à partida, poderá ter sequela.