terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A FRASE


"A crise aprofunda-se e generaliza-se.

Os Estados desviam milhões, que vêm directamente dos bolsos dos contribuintes, para evitar as falências de bancos mal geridos ou que se meteram em escandalosas negociatas. Será necessário. Mas o povo pergunta: e as roubalheiras, ficam impunes? E o sistema que as permitiu - os paraísos fiscais -, os chorudos vencimentos (multimilionários) de gestores incompetentes e pouco sérios, ficam na mesma? E os auditores que fecharam os olhos - ou não os abriram suficientemente - e os dirigentes políticos que se acomodaram ao sistema, não agiram e nem sequer alertaram, continuam nos mesmos lugares cimeiros, limitando-se a pedir, agora, mais intervenções do Estado, com a mesma desfaçatez com que antes reclamavam "menos Estado" e mais e mais privatizações? (...)

Com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na Justiça, e em especial, do Ministério Público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom. Oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do País, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir.(...)"


Mário Soares no Diário de Notícias, 16/12


Apesar de não ser uma frase, mas um conjunto delas, é tudo uma grande verdade e 2009 apresentará inúmeras dificuldades para o povo português.
O povo que paga tudo e pouco reclama!
Cada vez mais a vida custa aos portugueses e os que sobreviverem, farão pela dignidade, honestidade, poupança, sacrifício e bem querer!
E não por roubos "à vista", como os banqueiros...
Mas, não é de esquecer, que o Sr. Soares tem telhados de vidro.

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