domingo, 15 de dezembro de 2013

Razões para ver... The Hobbit: Desolation of Smaug


Peter Jackson retorna com Orlando Bloom, Martin Freeman, Ian McKellen, entre tantos outros, na segunda parte, de três, do filme Hobbit. 
No final do primeiro filme, os anões, o feiticeiro e o hobbit foram resgatados pelas águias e conseguiram visualizar, ao longe, o reino de Thorin. Os anões ficam cheios de esperança por regressarem ao seu lar, mas continuam a ser perseguidos pelos orcs. 
Gandalf e Thorin surgem num breve encontro, em Bree, onde Gandalf aborda o anão e, com a sua persuasão, consegue com que o rei dos anões avance numa missão de resgate do seu reino. A intenção do feiticeiro é ambivalente, pois não deseja que as forças do mal conquistem a montanha e tenham o apoio do dragão. 
Numa fuga atabalhoada, todos os companheiros chegam a casa de Beorn, o muda-pele, e este, em forma de urso, acaba por proteger este grupo dos orcs. Após uma noite de descanso, um pequeno-almoço reforçado e uma pequena conversa com Beorn, a companhia parte para a Floresta Tenebrosa. 
Gandalf, após uma visão, decide despedir-se da companhia. Os restantes elementos ficam preocupados e acabam por achar que o feiticeiro os abandona. Todos seguem pelo trilho da floresta enquanto o feiticeiro se encontra com o feiticeiro Radagast. 
Os dois feiticeiros compreendem que algo em Dol Guldur cresce e decidem visitar a prisão dos Nove, mas todas as celas estão destruídas e os seus medos se confirmam. Os Nove estão com o seu senhor em Dol Guldur. 
Paralelamente, a companhia segue o trilho, mas com os encantamentos da floresta perde-se. Os anões acabam por ser aprisionados por aranhas enormes. Bilbo, com ajuda do anel, resgata os amigos, mas entre lutas e correrias os elfos fazem-nos prisioneiros e todos são levados ao rei elfo Thranduil. Entre pressões, acusações e desconfianças, o rei elfo aprisiona os anões e, mais uma vez, Bilbo salva-os da situação. Nesta passagem pelo reino elfico, Legolas, filho do rei, e Taurel, elfo comandante, surgem como pseudo-casal. Legolas vive sob os ensinamentos do pai e Taurel faz-lo questionar do mundo à volta e da importância da demanda dos anões. Embora a elfo sinta uma pequena atracção pelo anão Kili, ela rege-se a condição de elfo que tem. 
Os anões e o hobbit fogem dos elfos em barris de vinho, mas são também perseguidos pelos orcs. Elfos e orcs combatem e os anões acabam por beneficiar com esta situação. Chegam a um porto e negoceiam com Bard que os leva para a cidade do Lago. Os elfos capturam um orc e este, sob pressão, anuncia que o seu senhor voltará e que os orcs crescem em força e em número. O rei elfo manda fechar o reino e admite que esta não é uma luta sua. 
Entretanto, Gandalf e Radagast vão a Dol Guldur e Gandalf enfrenta sozinho um grupo de orcs e o Necromante (Sauron). Gandalf é capturado pelas trevas de Sauron e vê a hoste partir de Dol Guldur. 
Escondidos em casa de Bard, a companhia reune forças. mesmo com Kili ferido e decide partir para a montanha e enfrentar o dragão. Kili fica a mando de Thorin, mas o seu estado de saúde agrava-se e acaba por ser salvo por Taurel, numa corrida contra o tempo e contra um ataque de orcs à cidade. Legolas salva os anões, mas não compreende ainda que o mal está a crescer. 
A restante companhia chega a montanha e consegue entrar no reino. Bilbo, persuadido por Thorin, entra nos grandes halls e consegue ver o imenso ouro, que tanto ouviu falar. Mas, Smaug está atento e percebe o esquema de Bilbo e dos anões. Thorin e os restantes anões entram nos halls e conseguem obrigar o dragão a fugir. 
O filme continua com o ataque do dragão à cidade do Lago. 

Peter Jackson neste filme mantém-se fiel à Idade Média. Os orcs, a companhia, os feiticeiros, Sauron, assim como os cenários são gigantescos. Continuam os cenários e as paisagens cheios de cor, com pormenores a que já nos habituou, mas com um recurso mais exagerado dos efeitos especiais. O bom do Lord of the Rings era que mesmo existindo efeitos, nada parecia falso, e tudo parecia perfeitamente complementado. No segundo filme de Hobbit, certos aspectos das personagens e situações de acção são tão rápidas e tão pouco coerentes que entendemos o forçado. A personagem Legolas é um bom exemplo. 
Toda a história decorre a um ritmo acelerado, a início, em casa de Beorn, Jackson não aposta na cena, da entrada gradual dos anões, com a apresentação cómica de Gandalf, que se encontra presente no livro. Conhecemos pouco desta personagem. Todas as situações das aranhas, o enclausuramento nas celas elficas e a passagem na cidade do Lago são um pouco atabalhoadas e ainda não se entende plenamente o papel de cada personagem. 
Bilbo assim como Thorin vai crescendo na história. Bilbo já surge muito mais influente, perspicaz e sob a influência do anel. O poder do anel cresce e Bilbo também entra um pouco para as trevas. Martin Freeman apresenta um Bilbo mais seguro e com determinação, já não é o mero hobbit do Shire e parte disso deve-se ao anel. A companhia já o respeita. 
Thorin mostra a garra e o poder de rei que tem, mas como anão mostra que só ter determinados objectivos e não se importa com quem o segue. Tesouro e o dragão é no que pensa, mas isso está a separar a companhia. O que é direito e justo está a desvanecer-se!! 
Gandalf surge na história como o verdadeiro olho atento e impulsionador de tudo. Para o pd será sempre a estrela dos filmes de Jackson. Ian McKellen mantém as dúvidas, a segurança, a coragem a que já nos habituou na personagem. Mais uma vez, enfrenta sozinho o verdadeiro perigo e é o único que se dedica a combater o mal, enquanto outros se escondem. No livro Hobbit, estas cenas em que surge em Dol Guldur não existem, a história acontece sim, mas apenas é apresentada no livro Silmarillion. Peter Jackson fez bem em apresentar esta história ao público, pois aparece paralela ao tempo da demanda dos anões. É uma mais valia do filme e é óptimo ver esta coragem e presença de McKellen na tela. 
Smaug é de todos os efeitos especiais o mais natural. Não se vê um dragão exageradamente alterado, tem uma bela figura, com óptimos diálogos, numa voz de Benedict Cumberbatch. É a voz perfeita de um dragão, só a de Sean Connery iguala. Toda a cena de confronto com os anões prende o público, pois estes são audazes e fazem este temível vilão fugir a sete pés. 
A banda sonora não foge muito dos temas habituais, mas só os acordes inicias característicos de hobbit encantam. 
Nota: este filme vale apena por ser de Peter Jackson, que é um génio, e tem uma história fantástica, mas quase todo o filme apresentado não é, REPITO NÃO É, fiel ao livro. Cenas dos orcs, de Legolas e Taurel são inventadas assim como o combate entre os anões e o dragão. É uma nota negativa muito má, pois como fãs saímos desiludidos. 










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